Fim de noite.

O corpo ao lado indicava que seria um começo.

Meio sorriso

Depois do AVC não suportava mais se olhar no espelho.

Sereno

Choravam as flores da laranjeira.

A morte.

Continua sorrindo por aí levando a vida.

Vagas

Nem contate, vá chegando.

A morte.

Eterna foragida, esta bandida.

Pessoas.

Vocês são muitos, eu quase nada.

Engano.

Depois de dias, o telefone toca.

Mãos amarradas III

É esperar sem saber o quanto, é esperançar sem saber o que.

Velho sofá.

Ele continua lá. Você não.

Foi-se.

Minhas mãos não suportaram a força da velha foice.

Mãos amarradas II

É quase impossível manter descerradas as pálpebras, que exaustas, anseiam descansar.